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Daniela Azevedo

Campeã de Adestramento Nível I - ABHIR 2014


personalidade


Meu nome é Daniela de Azevedo Souza Defina, ou Daniela Azevedo como sou mais conhecida. Nasci e me criei em Ribeirão Preto. Até onde me lembro nasci apaixonada por cavalos com os quais eu tive contato desde cedo pelo fato de meu avô paterno ser criador da raça Mangalarga. Quando criança, sempre passei as minhas férias escolares com meus avós paternos na fazenda, e, por isso, montava todos os dias. No começo, ainda com tenra idade, ia puxada por alguém, mas depois, ainda criança, já montava sozinha passeando e também acompanhando os funcionários na lida diária com o gado.

Por volta dos onze anos de idade conheci a Sociedade Hípica de Ribeirão Preto (SHRP) por meio dos amigos dos meus pais, quando então tive contato com o Salto.

Nessa época, o "tio" Nelsinho e a "tia" Lynn moravam perto da minha casa e iam para a SHRP todos os dias, pois montavam e davam aula. Coincidentemente, eu era colega do saudoso filho deles, o Nico, pois estudávamos na mesma escola do bairro, assim sendo, nossos pais se tornaram amigos e eu pegava carona com eles até à SHRP, já que no início os meus pais eram contra eu aprender a saltar porque tinham medo de eu me acidentar, contudo a paixão falou mais alto e, contando sempre com o precioso apoio do casal Aliperti, meus pais cederam e permitiram que eu aprendesse o esporte.

Fiz um pouco de escolinha e então meus pais acabaram comprando uma égua que batizei por Flicka, a qual, para a minha infelicidade, teve uma passagem muito breve, mas muito profunda, na minha vida, pois sofreu um acidente e morreu... (A partir) daí posso dizer que os cavalos me ensinaram e me ensinam quase tudo nesta vida.

Posso dizer que eles me prepararam até para a perda precoce do meu querido pai e, além disso, ainda me deram e dão até hoje o auto controle, a perseverança, o respeito, a ética, a dedicação e a entrega. Ensinaram sobre a lealdade do amor verdadeiro e a sua profundidade. Esses animais me fizeram ver o mundo de uma forma mais clara e seguramente me deixaram uma pessoa melhor para a minha família, para os meus amigos e para toda a sociedade.

Tenho certeza que o lombo do nosso cavalo é o melhor lugar para se estar e, como já disse alguém inspirado um dia: O trono de Deus é lombo do Seu cavalo.

Admiro muitos cavaleiros e as pessoas do cavalo, porém não tenho ídolos.

Hoje (em dia) pratico o adestramento clássico. Embora tenha começado no salto e tenha tido as minhas primeiras experiências neste esporte, é fato que ainda menina, quando ia todos os dias para a SHRP com a "tia" Lynn, ela me colocou em contato a modalidade, demonstrando sempre que não se tratava apenas de um esporte, mas uma verdeira arte que, como tal, exige não apenas a disciplina de um atleta, mas a devoção de um artista.

Tenho a noção que o adestramento ainda é muito pouco praticado no Brasil, mas não desanimo nenhum pouco, já que, como disse, o adestramento exige uma devoção do praticante, fato esse que me encanta e me move na tentativa de me desenvolver ao máximo nesta área.

Além disso, montar é uma forma de manter o equilíbrio entre a mente, o corpo e a alma. O melhor que o Adestramento consegue fazer com o praticante é exatamente levar isso ao extremo e, por isso, fazer com que existam momentos mágicos nos quais não se sabe onde o cavalo começa e o ser humano termina.
Um ponto negativo, porém, do esporte, é a parte do julgamento em uma competição, pois diferentemente do salto e do cross, onde o relógio e a performance junto aos obstáculos é que conta, o atleta fica a mercê de uma avaliação subjetiva o que pode motivar uma frustração pelo resultado obtido em uma prova. Por esse motivo, também, o atleta tem que ser antes de tudo um apaixonado pela arte do Adestramento e relevar esses momentos.

Quando voltei a competir, a ABHIR me recebeu de forma muito amiga e carinhosa. Como a associação é feita por seus associados posso dizer que o "jeito ABHIR de ser" é muito bacana. É quase uma extensão de nossas casas.

Uma dica para quem está começando? Ame o que faz, dedique-se, respeite o seu animal e tenha muita paciência, pois os resultados aparecerão depois de muita repetição, fracassos e tombos.



© 2017 ABHIR - Associação Brasileira dos Cavaleiros de Hipismo Rural - 19 3523.6700 - abhir@abhir.com.br - Desenvolvido por ArtStudio
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